Veja o que o mínimo de R$ 724 significará para Alagoas

Agendaa 27 de dezembro de 2013

Para a classe média alagoana e pequenos e médios empresários, o aumento de R$ 678 para R$ 724 do novo mínimo será mais um peso na folha de pagamento a ser computado a partir de primeiro de janeiro de 2014 – sem contrapartida de receita após um ano que encerra com crescimento medíocre.

Para a economia alagoana como um todo, contudo, essa diferença de R$ 46 a partir de 1º de janeiro, deve injetar na economia do Estado cerca de R$ 440 milhões em 2014, de acordo com a estimativa do economista Cícero Péricles, com base no número de alagoanos com remuneração vinculada ao mínimo. Em todo o país, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), esse impacto será de 28,4 bilhões na economia.

De acordo com o economista alagoano, cerca de 300 mil pessoas no Estado, entre trabalhadores formais, com carteira assinado ou contrato de trabalho, têm o rendimento vinculado ao salário mínimo, o que representa um aumento de R$ 13,8 milhões mensais. O cálculo do economista ainda leva em consideração cerca de 400 mil beneficiários da Previdência Social que receberão o aumento atrelado ao salário mínimo, o que representa 18,4 milhões mensais, e cerca de 100 mil trabalhadores informais que devem ser beneficiados com o reajuste. Somente nas contas da Previdência Social, o aumento será de R$ 220,8 milhões por ano e, na informalidade, de R$ 55,2 milhões.

Na avaliação do economista, o novo salário mínimo traz benefício direto nos setores de comércio, principalmente no varejo. “Este aumento será usado para compra de alimentos, remédios e vestuário, que são as demandas clássicas e reprimidas”, diz. Ele explica que o aumento, apesar do peso para o pequeno e médio empresário, não será suficiente para gerar capacidade de investimento. “É uma melhora, mas não chegar a gerar poupança”, acrescenta.

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