Hotelaria de Maceió prevê perda de hóspedes durante a Copa; entenda

Agendaa 10 de fevereiro de 2014

Ao contrário do que muitos alagoanos imaginam, a realização da Copa do Mundo no país deve diminuir – e não aumentar – a taxa de ocupação hoteleira em Maceió, ao menos no período dos jogos. 

Com as companhias aéreas e agências de turismo voltadas para o deslocamento de passageiros entre as cidades-sede, estima-se que a taxa de ocupação hoteleira da capital possa cair entre 30% e 40% entre os dias 12 de junho e 13 de julho, da abertura até o encerramento do evento. “O grande problema está na fragilidade da malha aérea para atender a demanda nesse período”, explica o empresário Glênio Cedrin, ex-presidente da Associação Brasileira de Hotéis (ABIH) em Alagoas. “Com a concentração de voos para as cidades que sediarão os jogos, haverá diminuição na oferta de passagens para o Estado que vai receber um fluxo menor de turistas do sul e sudeste nesse período”.

De acordo com Cedrin, para minimizar essa ameaça, uma das saídas seria concentrar esforços para reforçar o turismo regional, atraindo visitantes de Estados vizinhos que não dependam apenas das companhias aéreas para desembarcar em Maceió. A secretária municipal de Turismo, Cláudia Pessoa, confirma que o setor está traçando estratégias para fomentar o turismo regional. Entretanto, ela não acredita que haverá de fato uma redução da malha aérea durante o período da Copa. “Não deve haver supressão de voos e, sim, o incremento de novos voos para as cidades-sede da copa”, diz.

Ainda assim, tanto a secretária quanto o empresário acreditam que o saldo “pós-Copa” será extremamente positivo para o turismo no Estado. “Ainda que durante os jogos a taxa de ocupação venha a ser menor, a privatização de aeroportos e as obras de infraestrutura nos centros emissores devem melhorar o fluxo de passageiros para Maceió após o evento”, diz Cedrim.  

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