Invasão de academias “R$ 69,90” em shoppings esquenta mercado fitness em Maceió; entenda aqui

Agendaa 24 de agosto de 2017

Após a invasão de novas redes de farmácias, Maceió parece viver uma nova guerra de mercado: a das chamadas redes de academias “low cost” (baixo custo), que apostam em mensalidades menores em busca de um número maior de clientes.

A Smart Fit, maior rede de academias low cost do país com mais de 280 unidades em todo o Brasil, acaba de anunciar mais uma unidade em Maceió, dessa vez no Maceió Shopping – em edifício anexo ao estacionamento que hoje sedia a Flulook (cuja operação será mantida no térreo). Com 1 300 metros quadrados de área e previsão de abertura para o início do ano que vem, a unidade será a terceira da rede na capital após ter se instalado no Shopping Pátio Maceió (no Benedito Bentes) e no Palato Farol.  

Com origem em São Paulo, a rede segue seu plano de expansão para conter o crescimento de outras franquias regionais, como a Selfit, nascida em Recife, que tem expandido sua operação no Nordeste e já tem duas grandes unidades em Maceió – uma no espaço da antiga academia K2, na Rua Deputado José Lages, na Ponta Verde, e a mais recente aberta no supermercado Extra Mangabeiras – bem próxima da nova unidade da Smart Fit que será aberta no Maceió Shopping.

Com mensalidades a partir de R$ 69,90, as redes que estão tornando difícil a vida de pequenas e médias academias de bairro chegaram ao Brasil inspiradas no modelo da norte-americana Planet Fitness, marca que se tornou uma espécie de Wal Mart das academias ao se expandir nos Estados Unidos oferecendo mensalidades menores para quem desejava apenas usar equipamentos sem acompanhamento personalizado.

No Brasil, o movimento foi iniciado pelo fundador da Bio Ritmo, Edgard Corona, que após se consolidar no mercado em São Paulo com academias de alto padrão decidiu abrir a rede low cost Smart Fit antes que outra rede adotasse o modelo. “Se alguém vai chutar a minha b…, que seja eu mesmo”, teria dito Corona na época, segundo reportagem da Veja São Paulo do ano passado.

Segundo estimativas do Sebrae, Alagoas conta com cerca de 450 academias, sendo que apenas 250 registradas, a maioria como microempresas. Resta saber agora se, diferentemente do que ocorreu com as antigas farmácias de bairro engolfadas pelas grandes redes nacionais, elas terão fôlego para sobreviver.

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