Dia do Rock: baixista do Camisa de Vênus recorda show nos anos 80 em que até urinou no palco em Maceió

Agendaa 13 de julho de 2018

 

Verão de 1987 (como nem a banda nem o autor do texto lembram da data exata, quem se lembrar comente abaixo).

No rastro do sucesso do LP “Viva”, que teve oito de suas 10 músicas censuradas por “Linguagem Inapropriada”, a banda de rock baiana Camisa de Vênus traz seu show ao Estádio Rei Pelé, em Maceió.

No auge da popularidade da banda, inflada ainda mais pela censura aos palavrões  no Disco em músicas como Silvia (Piranha), o grupo, formado em 1980 pelo vocalista Marcelo Nova (mais conhecido das novas gerações como pai da VJ Penélope Nova) e pelo baixista Robério Santana, não decepcionou os fãs de rock do Estado.

Sob o coral da plateia que entoava o grito tradicional da banda, “Bota Pra Fu***”, o Camisa de Vênus fez um show memorável tocando sucessos como Eu Não Matei Joana D’Arc, Hoje, Bete Morreu, Silvia, entre outras do terceiro LP que a banda estava prestes a lançar, Correndo O Risco.

“Me lembro bem deste show porque foi um dos últimos da turnê programada para terminar em Salvador, onde iríamos passar um período de férias”, disse a AGENDA A o baixista Robério Santana, pouco antes da passagem de som de um show que realiza nesta sexta em Porto Alegre. Robério lembrou também do momento em que, sem conseguir segurar a vontade de urinar em meio ao show, terminou se virando para urinar ao lado da plateia em pleno palco. “Lembro que era verão, um calor danado, passamos a tarde bebendo e o Marcelo Nova disse que não podia sair para ir ao banheiro”, disse Robério. “Aí não teve jeito, terminei mijando ali mesmo e, ao menos pelo que lembro, a plateia foi ao delírio”.

Sem saber, os alagoanos que foram ao Trapichão também presenciaram um dos últimos shows da formação original da banda, que seria rompida em dezembro daquele ano.

Veja abaixo trechos do show do grupo em São Paulo na mesma turnê.

por Rodrigo Cavalcante