Do Colégio Batista às Olimpíadas, saiba quem foram os alagoanos que ajudaram Maurício no voleibol

Agendaa 18 de agosto de 2016

por Lívia Vasconcelos 

Ninguém chega à elite do esporte mundial por acaso.

Até se tornar ponteiro da Seleção Brasileira de Vôlei prestes a disputar a semifinal das Olimpíadas nesta sexta às 22h15 contra a Rússia (e talvez a medalha de ouro no domingo), o alagoano Maurício Borges é a terceira geração de jogadores de vôlei no Estado que contou com o apoio da família e de treinadores dos colégios onde estudou, como Ricardo Oliveira (conhecido como Chico), no antigo Colégio Batista, e Caetano Rocha, no Colégio Marista.

Na família do ponteiro alagoano, o vôlei começou a ser praticado por seu avô materno de Maurício, Antônio Miguel da Silva, que transmitiu o amor ao esporte para sua mãe, Marilda Borges, que chegou a jogar pela seleção feminina brasileira após ter passado pelo Clube de Regatas Brasil (CRB) e pelo Minas Tênis Clube.

O próprio irmão mais velho de Maurício, o alagoano Everthon Borges, foi também jogador do CRB e do Minas Tênis Clube – onde foi vice-campeão da Superliga na temporada 2009/2010 ao lado do irmão.

Em entrevista a Agenda A, o irmão do alagoano mais próximo de ganhar uma medalha nessas Olimpíadas fala sobre a relação da família com o esporte, a trajetória de Maurício e os alagoanos que foram fundamentais na carreira dele. Confira:

 

Além do Maurício, você, sua mãe e até seu avô têm uma história com o vôlei. Como nasceu essa paixão na sua família em Alagoas? 

Everthon Borges: O vôlei na minha família é uma herança. Meu avô jogava e era o maior incentivador da minha mãe, que chegou a jogar no CRB, no Minas Tênis Clube e na própria Seleção Brasileira feminina nos anos 70. Ela só parou mesmo por causa da idade, quando chegou o momento da aposentadoria no esporte. Quando completei 14 anos, por exemplo, minha mãe me levou junto com o Maurício para estudar no Colégio Batista por causa dos treinos de vôlei.

Nos colégios em que o Marício estudou, quem foram os treinadores que mais o apoiaram?

O treinador do Colégio Batista era o Ricardo Oliveira, conhecido como Chico, que tinha jogado na seleção do CRB de Vôlei na mesma época da minha mãe. Mauricio era muito pequeno, tinha só nove anos, mais já frequentava os treinos ao meu lado e gostava muito do esporte. O Chico foi um grande apoio desde o início, foi ele que nos ensinou tudo, desde o mais básico, e sempre acreditou muito no potencial do Maurício, que até hoje troca ideias com ele. Mais tarde, saí do Colégio Batista para seguir carreira e o Mauricio foi para o Colégio Marista, onde continuou a treinar com o professor Caetano Rocha.

E como se deu a passagem do Maurício para o vôlei profissional até a seleção brasileira?

Como minha mãe já havia jogado no Minas Tênis Clube, assim que o envolvimento do Maurício com o vôlei foi ficando mais profissional, ela entrou em contato com os dirigentes do clube da época dela e falou sobre ele. Eles conheceram meu irmão que, após muito esforço e talento, conseguiu ser destaque no time e logo chamou a atenção da seleção brasileira infanto-juvenil.

Aos 27 anos, Maurício pode ser medalhista já na primeira Olimpíada dele. Como ex-jogadores, vocês sentem que finalmente conseguiram chegar onde queriam no vôlei por meio dele?

Mauricio já nos deu muito orgulho, ganhou todos os títulos possíveis e ser medalhista de uma Olimpíada no Brasil seria uma coroação de todo o trabalho dele. Nós fazemos o nosso papel fora de quadra e ele nos representa dentro dela, estamos muito orgulhosos do desempenho dele.

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