Morre um dos últimos patrimônios do frevo no Brasil; escute aqui alguns de seus clássicos

Agendaa 15 de setembro de 2016

Ainda que, sem saber, você provavelmente já foi embalado por um dos mais de 3 mil frevos dele, seja nos antigos bailes de Carnaval em clubes de Alagoas, nas ladeiras de Olinda ou mesmo nos recentes desfiles em Maceió no Pinto da Madrugada.

Autor de clássicos como “Cabelo de Fogo” entre outros (veja abaixo), Maestro Nunes morreu aos 85 anos na madrugada dessa quarta-feira (14) em Paulista, no Grande Recife, onde estava internado em um hospital público com problemas de infecção e embolia pulmonar.

Apontado no Carnaval de 2009 como “Patrimônio Vivo Pernambucano”, o músico e arranjador se formou em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em Regência pela Faculdade de Filosofia de Recife. Em 1972, o maestro fundou a Escola Musical do Frevo, que tinha como público-alvo os filhos dos presidentes das agremiações carnavalescas e crianças de comunidades de baixa renda.

Além de “Cabelo de Fogo”, um dos mais famosos, ele teve em 1966 sua composição “Frevo de Mocotó” gravada no disco “Frevos para o Carnaval”, gravado pela Grande Orquestra de Coro Chantecler, lançado pelo selo Chantecler CMG.

O Paço do Frevo, no Bairro do Recife, publicou uma nota de pesar afirmando que “recebeu com tristeza” a notícia da morte do músico “essencial para o frevo, para a música pernambucana e brasileira”. O enterro do maestro será realizado às 16h da quinta-feira (15), no Cemitério Municipal de Paulista. 

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