Alagoano que levou medalha de ouro teve que superar perda da avó dias antes da final Olímpica

Agendaa 21 de agosto de 2016

Neste domingo, o alagoano Maurício Borges teve que superar-se duplamente para manter o foco em quadra quando o técnico Bernardinho o escalou para jogar o terceiro e decisivo set contra a Itália – que o fez entrar para a história como o primeiro alagoano a vencer uma medalha de ouro nas Olimpíadas. 

Aos 27 anos, o alagoano que iniciou seus treinos no Colégio Batista e depois no Marista (veja matéria sobre o início de sua carreira aqui) perdeu esta semana sua avó materna, Maurina Borges, que faleceu aos 80 anos em um hospital em Maceió nessa terça, após contrair uma pneumonia.

Apesar da perda, seu avô Antônio Miguel da Silva, que se tornou viúvo aos 83 anos, não deixou de assistir à partida e de torcer pelo neto ao lado de familiares em Marechal Deodoro, na casa da mãe de Maurício, que foi ao Rio apoiar o filho na final olímpica.

Antônio Miguel, afinal, foi o primeiro jogador de vôlei da família que transmitiu sua paixão à filha e mãe de Maurício, Marilda Borges, que chegou à seleção feminina brasileira após ter passado pelo Clube de Regatas Brasil (CRB) e pelo Minas Tênis Clube.

Neste domingo, ao lado do seu outro neto, Everthon Borges (irmão de Maurício que também foi craque de vôlei com passagens pelo CRB e pelo Minas Tênis Clube), seu Antônio conseguiu, finalmente, ver a terceira geração da família alagoana chegar ao topo do mundo no esporte.

“Apesar da perda, nos mantivemos unidos e reunimos a família para torcermos juntos pelo Maurício”, diz o irmão Everthon Borges, que permaneceu em Maceió para apoiar a família nos últimos dias, tendo a certeza de que a avó Dona Maurina deve estar muito orgulhosa do neto.  

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