Alagoas ultrapassa Pernambuco e Bahia como líder nacional de maior gasto médio por turistas, diz IBGE

Pesquisa do IBGE mostra que gasto médio do turista em Alagoas em 2023 foi o maior entre os Estados do Brasil,  com crescimento de quase 75% em relação a 2021 e já ultrapassando os Estados de Pernambuco e Bahia  

Se alguém ainda tinha dúvidas de que o turismo é a maior vocação econômica de Alagoas, é bom dar uma olhada nos dados divulgados pelo IBGE sexta-feira passada.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua — Turismo 2023, Alagoas assumiu a liderança no ranking nacional de maior gasto de turismo, com R$ 3.704, seguido por Pernambuco, com R$ 2.683, e Bahia, com R$ 2.467.

Comparada com o gasto médio de turistas no Estado divulgado pelo IBGE há dois anos (então em R$ 2.123), a média do ano passado de R$ 3.704 representa um salto de quase 75% no valor desembolsado pelos turistas no Estado.

A pesquisa também é importante por revelar a origem dos turistas que desembolsam o maior valor médio no setor. De acordo com os dados do IBGE, por exemplo, o Distrito Federal é a unidade da Federação com maior gasto médio de turismo por habitante (R$ 2.748) — e, como região, o Centro Oeste também é emissor de turistas com maior gasto médio no Brasil (R$ 1.924), seguida pelo Sudeste (R$ 1.811) e acima da média nacional (R$ 1.649).

“Esses dados são importantes porque revelam uma mudança positiva de posicionamento do turismo no Estado que passa a ter capacidade para atrair outros perfis de visitantes e retê-los por mais tempo”, diz Gabriel Cedrim, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) em Alagoas. De acordo com Cedrim, entre os possíveis fatores que elevam a média dos gastos no Estado, estão a elevação do padrão da hotelaria em Maceió e outros destinos, como no Litoral Norte, sempre em destaque nos rankings de sites nacionais, a abertura de novos resorts all inclusive com diárias com valores mais altos, a diversificação e expansão da interiorização do turismo com novos empreendimentos de luxo que atraem um público de maior poder aquisitivo e os investimentos recentes no Estado na promoção do destino em feiras do segmento”.

“Esses dados aumentam ainda mais a nossa responsabilidade em lutar para investimentos contínuos na infraestrutura e saneamento das cidades, qualificação e ordenamento da orla e de serviços nos pontos turísticos, treinamento e promoção, até porque esse perfil de turismo é muito mais exigente”, diz Cedrim,

Acesse mais dados sobre a pesquisa no site do IBGE aqui.